
A atriz norte-americana, abriu a cimeira sobre violência sexual em zonas de conflito, que começou esta quarta-feira, em Londres.
Embaixadora da boa vontade do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, Angelina apelou à comunidade internacional que trabalhe e coopere pela justiça e pela lei. “Pedimos uma vontade política mundial e precisamos que este assunto se torne uma prioridade”, afirmou.
A cimeira foi inaugurada pelo ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, William Hague, sendo que decorrerá até à próxima sexta-feira (13) e estarão presentes ministros governamentais, militares, autoridades judiciais e ativistas de aproximadamente 150 países. Hague afirmou ainda que o Reino Unido vai doar 7,4 milhões de euros, para ajudar as vítimas de crimes sexuais.
“É um mito que as violações sejam consequência inevitável dos conflitos”, afirmou a atriz, referindo que a conferência é o resultado de dois anos de trabalho e que tanto ela, como William Hague, pretendem ações concretas para capturar e punir os responsáveis pelos crimes e dar apoio às vítimas.
A aumentar a pressão sobre a comunidade internacional, estão vários acontecimentos recentes de violência contra as mulheres, como o sequestro de 200 raparigas nigerianas, o apedrejamento até a morte de uma mulher grávida no Paquistão e a violação e assassinato de duas adolescentes indianas.
William Hague sublinhou que a violação de mulheres e crianças durante as guerras é “um dos maiores crimes em massa dos séculos XX e XXI” usados de forma “deliberada e sistemática”.
Na sexta-feira, dia de encerramento, espera-se que ministros de diversos países assinem um protocolo internacional para acabar com as violações e abusos de mulheres como arma de guerra. Na sessão de encerramente espera-se que compareça o secretário de Estado norte-americano, John Kerry e o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, este último através de video-conferência.