Pesquisa brasileira mostra que 65% da população acha que mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”.
Desde a semana passada, quando foi publicada a pesquisa feita pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Económi..a Aplicada) a revelar que 65% da população brasileira acredita que “mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas” e que “se as mulheres soubessem comportar-se haveria menos estupros”, iniciou-se uma campanha contra o resultado da pesquisa.
“Não Mereço Ser Estuprada” é o nome da campanha criada pela jornalista Nana Queiroz e que é contra o machismo demonstrado pela sociedade. Depois de formar o grupo contra a violência à mulher, Nana chegou a ser ameaçada.
A presidente do Brasil Dilma Rousseff está à favor da jornalista e divulgou uma nota no seu twitter a respeito desse assunto. “A jornalista Nana Queiroz se indignou com os dados da pesquisa do Ipea sobre o machismo na nossa sociedade. Por ter se manifestado nas redes contra a cultura de violência contra a mulher, a jornalista foi ameaçada de estupro. Nana Queiroz merece toda a minha solidariedade e respeito”.
Moradora de Brasília, a jornalista publicou uma foto sua em topless, em frente ao Congresso Nacional, na capital do Brasil, com a frase “Não mereço ser estuprada” escrita no corpo, e chamando as pessoas que estão revoltadas com o machismo presente na sociedade para aderirem à campanha. O facto da mulher usar roupa curta não é razão para alguém abusá-la sexualmente.
Nana conseguiu a repercussão que pretendia para o caso. Diversos cidadãos, inclusive homens, aderiram à campanha.